Estímulo para manter talentos | O papel dos planos de previdência...

Edição 106

Até que ponto um plano de previdência privada estimula o funcionário de uma empresa ou contribui com ela na busca de novos talentos no mercado? Como incentivar a adesão aos planos e quais os obstáculos à sua criação? Estes pontos serão levantados no painel “Os planos Fechados na Política de Recursos Humanos das Empresas”, a cargo de Renata Moura, diretora de RH da Telemar, Harold Artur Bouillon, gerente corporativo da Monsanto e Remigio Todeschini, a ser proferida na tarde do dia 25.
“Sem dúvida, é um atrativo importantíssimo na contratação e na retenção de pessoas numa organização. Um funcionário bem remunerado, valorizado e seguro com certeza terá desempenho diferenciado, pois terá a percepção de trabalhar em um ambiente onde é valorizado”, avalia o gerente corporativo da Monsanto. Segundo ele, atualmente até os mais jovens sabem que precisam investir no seu próprio plano de previdência, fazer o pé de meia. “É um despertar da preocupação com a poupança, com o futuro seguro. E, melhor, é uma aplicação que ele pode abater do imposto de renda”, diz.
Bouillon vai mostrar os desdobramentos do Prev Mon, instituído pela Monsanto do Brasil em março de 1989, os impactos positivos no desempenho e na integração dos funcionários, e o papel da empresa na valorização dos profissionais de todas as faixas etárias da organização.
Em março do ano passado, a empresa substituiu o Plano de Benefício Definido, criado em 1989, e onde somente a empresa contribuía, pelo Plano de Contribuição Definida, onde ambos, empresa e empregados, contribuem. A justificativa para a troca foram as regras muito difíceis de serem atendidas, com pontuação muita rígida e que ainda sofriam a influência da matriz. “As regras eram incompatíveis com a realidade e anseios de nossa população. Não vinha servindo como ferramenta de motivação para os atuais funcionários e atração de novos talentos”, avalia o executivo, explicando que a Monsanto contribui com 1 vez e meia o valor do funcionário. Este, por sua vez, desembolsa até 6% do seu salário.
Dentro do Prev Mon há três planos, definidos por limites de salários. Quem ganha abaixo de R$ 2.100,00 entra no plano de benefício mínimo, extensivo a todos os funcionários e onde apenas a empresa contribui. Esta modalidade permite pensão para dependentes em caso de morte, suporte em casos de invalidez. “É um complemento do salário em caso de auxílio doença”, explica. Este plano cobre pelo menos mil dos 1,7 mil funcionários da Monsanto no Brasil.
A terceira modalidade de plano de aposentadoria suplementar adotada pela empresa a partir de setembro de 1996 é uma alternativa para complementar eventual renda futura do Plano de Benefício Definido. São contribuições exclusivas dos funcionários com até 4% do salário. A diferença é que o próprio funcionário decide onde aplicar esse dinheiro, se em fundos de ações conservadores, moderados ou agressivos. Buillon a classifica como uma poupança forçada, que o funcionário retira quando se desliga da companhia ou ao se aposentar.
“Acho que não há dúvidas que o Previ Mon é um sucesso. Afinal, como reconhecimento dos funcionários, estamos, pelo segundo ano consecutivo, entre as 100 Melhores Empresas para se trabalhar no Brasil, segundo a Revista Exame”, alardeia Bouillon.