CEF vai administrar os recursos de Goiás | Acordo vai até o final...

Edição 85

A Caixa Econômica Federal irá administrar os recursos do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) até o início do ano que vem. O acordo, fechado recentemente, pretende dar ao instituto tempo para montar um modelo próprio de investimentos no qual uma espécie de “macro-gestor” irá assessorá-lo nas aplicações.
“A idéia é criar uma espécie de auto-gestão assessorada”, explica o presidente da entidade, Jeovalter Correa Santos. Segundo ele, a partir de janeiro do ano que vem, o Ipasgo pretende definir o administrador que fará isso em caráter permanente.
Por enquanto, os recursos do Ipasgo se resumem às contribuições arrecadadas dos servidores ativos, que é de 11% do salário, representando R$ 4,5 milhões ao mês. A partir do ano que vem, contará também com a antecipação de recursos da privatização da companhia de eletricidade do estado, a Celg, que deve girar entre R$ 300 milhões e R$ 450 milhões.

Compensação financeira – Além desses aportes, a estimativa do instituto é de que irá receber da União algo entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões a título de compensação financeira entre o seu regime próprio e o INSS.
Outro objetivo do Ipasgo é adquirir conhecimento sobre investimentos financeiros. De acordo com o diretor da área de administração de recursos da Caixa Econômica Federal, Jorge Ávila, o banco tem hoje uma forte experiência na montagem de FACs, o que vai de encontro às aspirações do instituto.
A metodologia foi desenvolvida há cerca de dois anos com a consultoria da empresa Rocca, Prandini e Rabbat (RPR), que ajudou a definir um novo leque de produtos a serem oferecidos pela CEF tanto na rede de varejo quanto para grandes clientes.
“Pela própria vocação da Caixa Econômica Federal , nós conhecemos bem as necessidades dos institutos de previdência do setor público”, acrescenta Ávila.