BB DTVM tem novo superintendente

Edição 65

Novo superintendente veio da área financeira do Banco do Brasil; Evandro
foi comandar unidade na Argentina

A BB DTVM mudou de superintendência. Depois de quase 5 anos à frente
da administradora de recursos do Banco do Brasil, a maior do país, o
executivo Evandro Lopes de Oliveira deixa o cargo e é substituído por Luís
Luz, que veio da superintendência de finanças do banco. A mudança,
ocorrida no último 27 de setembro, pegou quase todos de surpresa.
A BB DTVM, embora seja a maior administradora de recursos de terceiros,
vinha perdendo algum espaço desde o ano passado para os concorrentes,
notadamente para o Bradesco, que na última edição do ranking Top
Asset, publicado por esta revista, chegou a ameaçar a sua li-
derança. A BB DTVM tinha R$ 32,8 bilhões em recursos de terceiros, o
Bradesco tinha R$ 32,2 bilhões, na posição de 31 de junho. Há
comentários de que, ao final de agosto, a área de gestão de recursos de
terceiros do Bradesco já teria ultrapassado a BB DTVM. “Não sei se isso
aconteceu ou não, mas se aconteceu nós voltaremos ao primeiro posto
em breve”, afirmou Luz.
Ele passou o primeiro dia de atividade no novo cargo arrumando
gavetas. “Estou me adaptando, ainda estou colocando minhas coisas na
nova mesa”, afirmou. Ele disse que estava tomando pé da situação,
analisando o posicionamento da empresa, para depois poder falar sobre
suas estratégias. Essas, no entanto, não deverão ser muito diferentes
daquelas que seguia Evandro. “Vamos dar continuidade ao trabalho que
ele vinha desenvolvendo”, explicou
Evandro foi ser o gerente da unidade do Banco do Brasil em Buenos Aires,
Argentina. De acordo com Luz, a substituição segue a política do banco, de
remanejar executivos. “Não só o BB, mas outras empresas, trocam os
executivos de área a cada 4 ou 5 anos, para oxigenar a área”, explica Luz.
A ida de Evandro para a Argentina pode estar inserida dentro da estratégia
do banco de ter uma atuação mais forte naquele país, principalmente na
área de comércio exterior, no financiamento de exportações brasileiras.
Em entrevista ao jornal Gazeta Mercantil, o diretor da divisão internacional
do BB, Rossano Maranhão Pinto, disse que o banco estará assumindo o
risco soberano daquele país no financiamento aos exportadores
brasileiros, caso a Argentina cumpra a determinação de tornar-se
inoperante no Convênio de Crédito Recíproco.
Com isso, o financiamento do BB passaria a ter uma importância
estratégica para as empresas nacionais. “Nós já atuamos nesse nicho,
mas ainda muito timidamente”, explicou Maranhão Pinto. Ele disse que o
posicionamento do banco é ampliar sua atuação na Argentina.
A ida de Evandro para a gerência de agência daquele país ajudará a
cumprir essa meta. Evandro tem 23 anos de carreira no BB e já passou por
diversas áreas. Depois de 11 anos trabalhando em agências, de 1976 a
1987, esteve na direção-geral de finanças, passando depois pela área
internacional, pela equipe que implantou as operações do corporate,
controladoria, até chegar a superintendente de finanças, função na qual
esteve por menos de um ano antes de assumir a BB DTVM.
Com 42 anos de idade atualmente, Evandro estava há quase cinco anos
no comando da BB DTVM. Vai para Buenos Aires com o desafio de reforçar
a posição do Banco do Brasil no Mercosul, uma estratégia adotada
recentemente pela instituição.