Recuo no mês não altera desempenho no ano

Edição 61

Os principais indicadores do mercado de ações brasileiro mostram um
ligeiro recuo das cotações em julho, porém não o suficiente para
comprometer o desempenho dos últimos seis meses

Os principais indicadores do mercado de ações brasileiro mostram um
ligeiro recuo das cotações em julho, porém não o suficiente para
comprometer o desempenho dos últimos seis meses. O Ibovespa caiu
2,07% e o IBX – Brasil recuou 0,84%. A variação em seis meses,
entretanto, mostra uma valorização superior a 37% do Ibovespa.
O desempenho do mercado acionário foi afetado principalmente pela
crescente preocupação com a Argentina, que corroeu as expectativas
otimistas derivadas do alívio trazido pela decisão do Fed de elevar em
0,25 pontos básicos a taxa dos Fed Funds e alterar o “viés de
alta”para “neutro”. O noticiário político interno, com a troca de ministros
evidenciando o instável apoio parlamentar do governo e as farpas
trocadas entre o PFL e o PSDB também pesaram.

Real perde terreno com déficit comercial
O déficit acumulado no primeiro semestre deste ano, de US$ 623 milhões,
frustrou as expectativas, apesar de ter sido menor do que o do mesmo
período de 98 (US$ 1,84 bilhão). As exportações caíram 13,6%, e as
importações recuaram menos em junho (5,2%), sugerindo que a
recuperação pode afetar rapidamente o volume de compras externas.
Junto com a preocupação vinda da Argentina, explica-se o real registrar
desvalorização de 2,08% no mês encerrado em 16 de julho.

Reajuste de tarifas não afeta juros
Combustíveis, energia elétrica e telefonia sofreram reajustes
concentrados, com impacto direto nos índices, preços não afetaram as
expectativas de um novo e leve corte do juro básico do Banco Central no
fim de julho. Trambém manteve-se a perspectiva de redução bem menor
no segundo semestre do que os 24 pontos percentuais do primeiro.