Mercer cria benchmark em renda variável para institucionais

Edição 61

A William M. Mercer passou o primeiro semestre deste ano estruturando
sua nova área de consultoria de investimentos

A William M. Mercer passou o primeiro semestre deste ano estruturando
sua nova área de consultoria de investimentos. A partir de agora, a
empresa pretende entrar na disputa por um espaço no mercado de
consultorias financeiras, que vem apresentando uma concorrência cada
vez mais acirrada nos últimos meses (leia matéria na edição n° 55). Os
novos produtos e serviços da Mercer serão expostos para os atuais
clientes da consultoria em uma reunião que será realizada no final deste
mês de julho. Uma das novidades é a elaboração de um benchmark de
renda variável direcionado especificamente para os investidores
institucionais.
O novo índice de ações será elaborado a partir de informações fornecidas
pelo grupo de fundos de pensão que utilizam os serviços da Mercer.
Portanto, será um benchmark direcionado a um conjunto de entidades
ligadas a empresas privadas, a maioria de pequeno e médio
porte. “Estamos criando um benchmark que será mais adequado para as
necessidades dos fundos de pensão do que os índices existentes
atualmente no mercado”, comenta Luiz Carlos Lima, coordenador da área
de Investment Consulting da William M. Mercer.
Outra novidade da consultoria é a elaboração de um novo relatório de
risco produzido com base na taxa interna de retorno dos investimentos. O
relatório já era produzido anteriormente pela Mercer, mas não possuía
uma periodicidade constante. O novo produto contará com uma
apresentação gráfica mais elaborada, com a utilização de gráficos e
tabelas comparativas de fácil assimilação e poderá ser enviado para as
entidades mensal ou trimestralmente.
Os serviços que a Mercer deve priorizar no desenvolvimento de sua
atuação comercial é a orientação na seleção de administradores e a
definição da política de investimentos. “Os fundos de pensão brasileiros
devem começar a contratar com maior frequência as consultorias para
profissionalizar o processo de escolha de gestores a exemplo do que já
ocorre nos Estados Unidos”, diz Luiz Lima. Outra tendência que deve ser
acentuada é a contratação de consultorias que possam orientar a
concretização de uma gestão que agregue os ativos e os passivos das
entidades fechadas.
Além de Lima, que foi contratado no final de abril último, a nova equipe
da Mercer também conta com a participação de Thirso Ferrato, ex-Crefisul,
e do economista João Carlos Ruzzante, que era estagiário da Mercer e foi
efetivado em maio último.