Contra a redução do limite

Edição 51

Representantes de entidades como Secovi, CBIC, Anbid e Abamec estão
se mobilizando para discutir as novas alterações de regras previstas na
minuta do Modelo de Gestão de Investimentos (MGI) que a Secretaria de
Previdência Complementar (SPC) está planejando implantar neste ano

Representantes de entidades como Secovi, CBIC, Anbid e Abamec estão
se mobilizando para discutir as novas alterações de regras previstas na
minuta do Modelo de Gestão de Investimentos (MGI) que a Secretaria de
Previdência Complementar (SPC) está planejando implantar neste ano
(ver matéria nesta edição). As novas regras pretendem limitar o
patrimônio imobiliário dos fundos de pensão ao máximo de 10% da
carteira total da fundação no ano de 2007. Pelo modelo antigo, a
participação de imóveis na carteira de fundos de pensão poderia
corresponder a até 15% do patrimônio do fundo no ano de 2003.
“Os imóveis não estão sujeitos à mesma volatilidade de outras aplicações
do mercado financeiro, logo têm menos riscos. Diminuir a participação de
imóveis nos fundos de pensão, além de prejudicar as fundações que não
poderão ampliar a sua participação em ativos tidos como seguros, vai
afetar também o setor imobiliário, cujos grandes investidores são os
fundos de pensão”, observou o presidente do conselho consultivo do
Secovi, Ricardo Yazbek.
De acordo com o consultor de investimentos da CB Richard Ellis, Martin
Andrés Jaco, 80% de empreendimentos como shopping centers estão nas
mãos de fundações. “As medidas vão implicar na retirada do mercado de
vários investidores, como as fundações pequenas, por exemplo. E
acabarão beneficiando as grandes fundações que poderão agir como
praticamente os únicos compradores do mercado. O resultado é que os
poucos compradores poderão puxar os preços para baixo”, analisa.