Edição 44
A Companhia Brasileira de Securitização (Cibrasec), até agora a única
empresa securitizadora brasileira, está preparando a emissão do primeiro
lote de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) no valor de R$ 50
milhões
A Companhia Brasileira de Securitização (Cibrasec), até agora a única
empresa securitizadora brasileira, está preparando a emissão do primeiro
lote de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) no valor de R$ 50
milhões. O novo instrumento é tema da exposição de Luiz Eduardo Pinto
Lima, que participa do painel “Investimentos Não-Tradicionais:
Oportunidades e Impactos Sociais”.
Os certificados permitirão às fundações investir indiretamente no setor
imobiliário, alcançando um nível maior de liquidez se comparado às
aplicações em aquisições diretas. “Os títulos emitidos pela Cibrasec
devem apresentar um bom nível de liquidez, ao mesmo tempo que não
se enquadram nos limites legais de participações em imóveis dos
investidores institucionais”, diz Pinto Lima.
As primeiras projeções de rentabilidade da própria Cibrasec apontam para
um retorno de aproximadamente 11% ao ano, mais a TR. Os rendimentos
serão distribuídos anualmente e os papéis terão duração acima de cinco
anos. “O nível de rentabilidade parece não ser muito atraente neste
momento de alta dos juros, mas com o provável declínio das taxas, os
CRIs devem apresentar desempenho vantajoso em função do baixo risco
assumido”, afirma o vice-presidente da Cibrasec.
Os certificados estarão lastreados em créditos imobiliários submetidos a
regime fiduciário, o que garante contra os efeitos de uma eventual
insolvência da empresa securitizadora. Além disso, para garantir a
transparência das negociações dos novos papéis, todas as transações
feitas com os CRIs serão registradas no Sistema Centralizado de Custódia
e Liquidação de Títulos Privados (Cetip).
Uma das vantagens que o novo instrumento pode gerar para as
fundações é a possibilidade de ampliar o financiamento de imóveis a seus
participantes. Poderão ser estruturadas operações com as companhias
securitizadoras de modo a utilizar os CRIs para propiciar a aquisição de
imóveis próprios para os beneficiários dos fundos de pensão.