Boston amplia rede e cresce na faixa dos grandes clientes

Edição 41

Com R$ 1,5 bilhão em recursos de private banking, o BankBoston lidera o
ranking dos administradores de recursos nesse segmento, no primeiro
semestre deste ano, por volume de patrimônio administrado

Com R$ 1,5 bilhão em recursos de private banking, o BankBoston lidera o
ranking dos administradores de recursos nesse segmento, no primeiro
semestre deste ano, por volume de patrimônio administrado. Em dólares,
o volume administrado apresentou um crescimento de US$ 165 milhões
do final de dezembro do ano passado até o final de junho último, para
US$ 1,3 bilhão, informa Jan Karften, diretor-adjunto de private.
De acordo com ele, esse resultado é consequência da expansão do
BankBoston no varejo, iniciada no ano passado. “O foco no varejo, com
uma estratégia agressiva de crescimento da rede bancária, levou ao
crescimento também do private”, complementa.
A partir de janeiro desse ano, o segmento de private banking passou a ter
uma área dedicada exclusivamente a ele. Antes, o desenvolvimento desse
mercado estava dividido entre as áreas de retail (varejo) e corporate. Com
o retail ficavam os fundos de investimento, e com o corporate, um produto
chamado pelo Boston de carteiras de investimento.

Desenho – Essas carteiras têm um desenho parecido com o de um FAC –
fundo de aplicação em cotas, porque investem em fundos que são
administrados pelo próprio banco. Esses fundos não têm taxa de
administração, que é cobrada diretamente da carteira, e varia de acordo
com o volume e a composição dos investimentos. “As carteiras foram
criadas para individualizar os custos, que nos fundos são compartilhados”,
acrescenta.
Um dos fundos que podem compor as carteiras de investimento, e que
está dando bons resultados aos investidores, é o Strategy, composto por
derivativos. Quem tivesse investido R$ 1,00 nele em abril de 95, quando
foi lançado, estaria no final de julho desse ano com R$ 3,45, e teria
corrido um risco de 0,5%.
Nesse período, o mesmo real investido no Ibovespa teria se transformado
em R$ 3,14, com um risco de 2%, ilustra Karften. Se a opção fosse o CDI,
o investidor teria R$ 2,40 no fim de julho.

Fundos de Ações – De acordo com ele, outra novidade no private do
Boston foi uma mudança na política de investimentos dos fundos de
ações. Eles se voltaram para a segunda e a terceira linha, passando a ter
um perfil mais de longo prazo.
Por causa dessa estratégia, o banco relançou, em agosto, o fundo
Valuation, que tem como objetivo comprar ações sub-avaliadas no
mercado. “Esse fundo tinha perdido seu apelo com as bolsas em alta.
Com o mercado em baixa, existem muitas oportunidades, mesmo na
primeira linha”.