Aumenta a rentabilidade dos fundos de pensão no mundo

Edição 33

Os fundos de pensão dos países desenvolvidos tiveram, em 97, ganhos
bem maiores do que em 96

Os fundos de pensão dos países desenvolvidos tiveram, em 97, ganhos
bem maiores do que em 96, apesar da crise da Ásia ter prejudicado os
mercados no último trimestre do ano passado. Esse resultado se deveu
basicamente à performance de seus respectivos mercados domésticos de
ações, diz o jornal Pension & Investments.
Os fundos de pensão suíços estão entre os melhores exemplos. Lucraram
17% com a valorização de 55,2% do mercado de ações de lá. Os ganhos
poderiam ter sido maiores se não fossem as posições que detinham em
ações estrangeiras, que valorizaram menos da metade do mercado
doméstico.
Nos Estados Unidos, aconteceu a mesma coisa. O índice Standard & Poor’s
500 subiu 33,4% no ano passado, e os fundos de pensão tiveram ganhos
totais de 19,5%. A performance foi prejudicada porque esses fundos têm,
em média, 10,8% de sua carteira de ações em papéis estrangeiros. Para
se ter uma idéia, o índice Morgan Stanley Capital International Europe
Australasia Far East subiu apenas 2,1% em 97.
A reportagem se baseia nos sistemas de fundos de pensão de seis
países, que são os maiores do mundo. A exceção na escalada dos lucros
ficou com os fundos japoneses, que ganharam apenas 3,6% no ano
passado. Além das fortes posições em papéis asiáticos, esses fundos
enfrentaram também uma forte baixa nas bolsas locais.
O ranking da rentabilidade publicado pela Pension & Investment é: fundos
dos EUA, com 19,5%; suíços, com 17%; da Grã-Bretanha, com 16%;
canadenses, com 15,3%; e australianos com 12% para planos de
benefício definido e 11% para planos de contribuição definida.
Os dados para a reportagem foram fornecidos pela Russell Analytical
Services, unidade de negócios da Frank Russell (sobre o Canadá, Japão e
Suíça); pela John A. Nolan & Associates (Austrália); Goldman Sachs
International (EUA); e WM Co. (Grã-Bretanha). Não haviam dados
disponíveis sobre o sistema holandês, que é o quarto maior do mundo
depois dos EUA, Japão e Grã-Bretanha.