Eletra reforça carteira crédito e participação

Edição 206

A Eletra está começando a experimentar ativos alternativos

A Eletra, fundo de pensão dos funcionários da Companhia Energética de Goiás (Celg), está começando a experimentar ativos alternativos. A fundação vai investir num Fundo de Investimento em Participações (FIP) que faz incorporação imobiliária gerido pela Kinea, empresa do grupo Itaú. Segundo Sandro Belo, gerente de Investimentos da Eletra, a fundação fará um aporte inicial pequeno, de cerca de R$ 5 milhões, para se familiarizar com o investimento. “Vimos alguns insucessos no mercado de fundos com lastros em imóveis, mas esse é um segmento do qual inevitavelmente vamos ter que participar. Só procuramos não entrar com muita avidez”, explica o gerente. Segundo ele, o fundo promete uma performance de IPCA mais 14%. Outro recente investimento da fundação é um fundo de crédito do UBS Pactual só com emissões primárias de debêntures, e que prevê um retorno de IPCA mais 9%. Belo revela que a fundação está estudando, inclusive, contratar um analista de crédito, para avaliar melhor os investimentos nesse segmento.
No primeiro semestre, a fundação obteve rentabilidade de mais que o dobro de sua meta atuarial, de INPC mais 6% – conseguiu retorno de 12,52% para uma meta de 5,79% para o período. O resultado foi impulsionado pela carteira de renda variável, que apresentou rentabilidade de 67,02%, contra um IBX-50 de 34,48%. Atualmente, 12% do patrimônio de R$ 550 milhões da fundação está aplicado numa carteira própria de ações que contém papéis do Ibovespa e do IBX-50. Segundo o gerente de investimentos, a boa lucratividade é resultado de uma gestão ativa. “Tivemos um ganho a mais porque operamos no mercado a termo”, comenta.