Edição 163
Numa sessão que alcançou o maior índice de presença desde o início dos
trabalhos há quatro meses, a CPMI dos Correios decidiu, pela quebra do
sigilo bancário de 11 corretoras de valores
Numa sessão que alcançou o maior índice de presença desde o início dos
trabalhos há quatro meses, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
(CPMI) dos Correios decidiu, por unanimidade, pela quebra do sigilo
bancário de 11 corretoras de valores, no começo deste mês, que segundo
parecer da Comissão teriam realizado operações com títulos públicos
provocando um prejuízo de aproximadamente R$ 9 milhões a seis fundos
de pensão patrocinados por estatais.
Dessa maneira, a Comissão investiga se esse dinheiro poderia ter sido
usado como Caixa 2 pelo Partido dos Trabalhadores (PT). As corretoras
são Agenda, Clicktrade, Dillon, Elite, Euro, Millenium, Nominal, Planner,
Quantia, Socopa e Walpires. O fundo de pensão dos funcionários da
Petrobrás, a Petros, se pronunciou, por meio de comunicado, esclarecendo
que não utilizou os serviços dessas corretoras para a compra ou venda de
títulos públicos na atual gestão. Por outro lado, durante o período de
janeiro de 2003 a setembro deste ano, a fundação usou os serviços de
três das corretoras que tiveram a quebra do sigilo para a compra e venda
de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa): Planner, Socopa e
Walpires.