01-02-2016 – 18:18:48
A Valia encerrou 2015 com rentabilidade em 11,37%, abaixo da meta atuarial de 16,56%. Na carteira da fundação, o pior desempenho foi o segmento de estruturados, com rentabilidade de -35,07% no ano. Renda variável aparece em seguida, com -9,18%. Investimentos imobiliários tiveram retornos de apenas 1,08% Já renda fixa obteve rentabilidade positiva, encerrando o ano em 16,74%, enquanto aplicações no exterior foram destaque, com 51,04% de retorno.
De acordo com o diretor de investimentos da fundação, Mauricio Wanderley, 2016 continuará sendo um ano desafiador para o mercado, o que faz com que as políticas de investimento para este ano permaneçam conservadoras. “Vamos permanecer com nível de renda variável mais baixo, entre os menores patamares históricos nossos, e um volume maior aplicado em renda fixa”, diz Wanderley.
O executivo destaca que o ano será complicado para os fundos que têm carteiras diversificadas, devido à expectativa de inflação não tão baixa e os ativos frutos de investimento de longo prazo sofrendo com impactos decorrentes do atual cenário macroeconômico. “Não tem como ficar imune ao que está acontecendo na economia. As classes de ativos de risco naturalmente sofrem, e o que contrapõe é a renda fixa, que está elevada. Mas os fundos de pensão são de longo prazo. Conseguimos aproveitar em partes a renda fixa, mas não podemos vender toda a carteira de risco”, salienta
Wanderley diz ainda que o entrave é olhar para o futuro e uma possível recuperação dos ativos de maior risco, podendo perder uma oportunidade de capturar a melhora desses ativos por conta de estratégias mais conservadoras. “Se por um lado, a renda fixa nesses níveis é imbatível para um investidor, e isso tem que ser aproveitado, por outro lado, quando o cenário melhorar, os ativos de maior risco podem render mais que esses títulos. Na hora que estamos alocando maciçamente em renda fixa, estamos determinando nosso futuro, mas no momento continuaremos acompanhando o mercado”, destaca.