24-06-2015 – 12:36:07
O atual ambiente global de taxa de juros baixa nos países desenvolvidos pode representar um risco significativo para a viabilidade financeira de fundos de pensão e seguradora no longo prazo. De acordo com relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a principal preocupação é que essas entidades comecem a buscar rentabilidade em vez de corresponder aos níveis de retornos prometidos aos participantes em um momento de alta da taxa de juros.
Outro risco é a tendência das empresas devolverem dinheiro aos acionistas via dividendos ou recompra de ações, o que significa que o capital não será reinvestido em atividades mais produtivas, prejudicando, assim, o crescimento da produtividade e investimentos inovadores. Outro fator prejudicial é a busca por investimentos em produtos de alto rendimento e complexos, mas com pouca liquidez.
Os fundos de pensão e seguradoras podem enfrentar problemas enquanto os títulos de alto rendimento forem substituídos por de baixo rendimento em suas carteiras. As taxas de juros menores geram baixos retornos aos fundos de pensão, que investem 40% ou mais em renda fixa. Se a tendência de baixa taxa de juros for mantida, os fundos não terão ativos o suficiente para cumprir suas promessas, a menos que o pagamento de benefícios sejam ajustados a essa realidade.
O relatório aconselha que, para mitigar esse risco de insolvência, os patrocinadores dos planos de benefício definido, por exemplo, poderiam aumentar suas contribuições aos fundos de pensão. Além disso, reguladores e decisores devem monitorar a excessiva busca por rendimento.
A organização projeta que os fundos de pensão cresçam 26% nos próximos cinco anos, saltando de US$ 28,4 trilhões em 2014 para US$ 35,8 trilhões em 2019, enquanto as seguradoras devem crescer 33% no período, subindo de US$ 28,2 trilhões para US$ 37,7 trilhões.