Plano CV da Capef bate meta atuarial sem aplicações em renda vari...

04-07-2016 – 15:55:26

 

O plano de contribuição varável (CV) da Capef atingiu 6,9% de rentabilidade contra uma meta atuarial de 6,3% no acumulado de janeiro a maio deste ano. Na carteira do plano, a fundação zerou a posição em renda variável no final de 2015. O desempenho do segmento de renda fixa ficou em 6,7% e de estruturados, 20%. 

“No ano de 2015 travamos a carteira de renda variável e no segundo semestre fomos desfazendo as travas e vendendo posições de forma que no final do ano estávamos fora de bolsa”, diz José Danilo Araújo do Nascimento, diretor administrativo e de investimentos da fundação. Mesmo sem renda variável, o executivo projeta um desempenho ainda melhor dos investimentos do plano CV para junho, superando em 1 ponto percentual a meta atuarial acumulada no primeiro semestre.

Plano BD – Já o plano de benefício definido (BD) da fundação ficou abaixo da meta, encerrando o mês de maio com 6,6% de rentabilidade diante da meta de 6,8%. Renda variável, apesar de representar apenas 0,17% dos investimentos, encerrou o período com -20,9% de rentabilidade. O plano possui apenas algumas posições investidas em ações da patrocinadora, o Banco do Nordeste.

José Danilo explica que também foi feita uma redução expressiva dos investimentos em renda variável no ano passado, sendo que toda a carteira terceirizada foi deslocada para gestão interna. “Tínhamos como gestores o Banco do Nordeste, BTG Pactual, Itaú e SulAmérica. Ao longo de 2015, internalizamos a carteira e reduzimos nossas exposições”, diz o diretor, enfatizado que não faz sentido, no momento, pensar em ampliar a participação nesse segmento, pela característica do plano, já maduro e com fluxo de pagamento alto.

O executivo diz ainda que o fato da meta atuarial do plano BD ser atrelada ao INPC também atrapalha um pouco o desempenho. “O plano está um pouco abaixo da meta por conta do descasamento, já que a maioria dos ativos são indexados ao IPCA”, diz. Já no plano CV, a meta é atrelada ao IPCA. No começo do ano, a fundação estudava alterar a meta atuarial do plano BD para IPCA, contudo, José Danilo diz que agora a expectativa é que haja uma queda nos indicadores. “Não vamos mexer nisso, pois vai envolver demandas judiciais. No longo prazo, os indicadores tendem a convergir”, salienta.