23-04-2015 – 13:02:42
A Azimut, gestora independente italiana, adquiriu 60% de participação acionária da Quest Investimentos por aproximadamente R$ 70 milhões (€ 21,5 milhões). Da parte adquirida, 30% era do sócio-fundador Luiz Carlos Mendonça de Barros – que foi ministro das Comunicações e presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) -, 15%, do BTG Pactual e 10%, da equipe de gestão. Barros permanecerá na empresa como presidente do conselho da “AZ Quest”, novo nome da gestora.
Com a aquisição a Azimut entra no segmento de fundos de pensão, com o qual a Quest tem focado sua atuação desde sua fundação em 2001. A asset contava com R$ 2,12 bilhões de ativos sob gestão em dezembro do ano passado, segundo dados do ranking Top Asset, dos quais R$ 1 bilhão era proveniente de clientes fundos de pensão.
A estratégia da Azimut é replicar no Brasil o modelo utilizado na Itália, de possuir um portfólio completo tanto de gestão quanto de distribuição. A primeira operação de compra no mercado brasileiro foi a de 50% do capital da Futura Invest, por € 3,9 milhões – mirando o mercado de institucionais, em especial os RPPS. Em seguida, a italiana adquiriu metade da Legan (por € 3 milhões) e a LFI Investimentos (por R$ 8,5 milhões).
“A joint venture com a Quest representa um passo significativo para Azimut na indústria brasileira de gestão de ativos e também demonstra o nosso compromisso com o desenvolvimento da presença internacional. A AZ Quest complementará a família de fundos da AZ Legan, fornecendo uma gama de produtos para os nossos clientes institucionais, de fundos de pensão, wealth management e private banking”, afirma o CEO da Azimut Holding, Pietro Giuliani. O grupo foi fundado por ele em 1989 e hoje tem presença em 13 países, acumulando mais de € 33 bilhões em ativos sob gestão.
A equipe deve permanecer, de acordo com Walter Maciel, CEO da Quest Investimentos desde 2011. “A joint venture levará a Quest a um novo patamar, enquanto nos permite continuar a ser parte de uma empresa importante e independente de gestão de ativos, com credenciais mundiais e mesmos valores culturais, como a valorização da meritocracia. Queremos que nossos colaboradores possam prosperar e se tornarem sócios no negócio”, informa. “Vamos investir mais no desenvolvimento de nossos fundos multimercados, especialmente em nossa equipe macro, aumentando nossa capacidade de gestão e diversificando ainda mais nossa prateleira de produtos”, complementa.