Gestores de private equity apostam em 2015 como um ano bom para c...

16-10-2014  –  17:28:36

 

Em painel realizado durante o Fórum Brasileiro de M&A e Private Equity, nesta quinta-feira, 16, em São Paulo, gestores de private equity apostaram em 2015 como um ano de boas oportunidades para compras, apesar das incertezas macroeconômicas e o período eleitoral. Para os gestores, independente do governo que assumir a presidência, a economia passará por ajustes, mas investidores de private equity acabam se beneficiando, com mais empresas abrindo as portas para receber capital.

“Será preciso identificar bons projetos e teses. Mas será um ano bom para os negócios”, diz Eduardo Farhat, diretor de gestão da Darby Overseas Investments. A gestora aposta no setor de infraestrutura, com foco na geração de energia renovável, transporte e logística, água e saneamento, resíduos sólidos, entre outras oportunidades específicas do setor.

O diretor da General Atlantic, Eduardo Samara, ressalta que 2015 deve ter alta na inflação, mas não acredita que os juros subirão. “Teremos oportunidades de investimentos que demoram mais para maturar, então o momento de se preparar é agora”, destaca. Focada no setor de serviço e TI, a General Atlantic busca investir em empresas que tenham capacidade de crescer três vezes organicamente em cinco anos. “Estamos em um momento de muita volatilidade, mas há mais oportunidades hoje do que há dois, três anos. Contudo, juros e câmbio e sempre um problema no nosso mercado”, salienta Samara.

Já Fernando Gentil, sócio-gerente da G5 Evercore, não se preocupa tanto com o cenário econômico atual. Para ele, esse é o momento de investidores de private equity entrarem em novos negócios. “A desaceleração cria oportunidades para o nosso nicho de empresas de pequeno e médio porte”, diz Gentil. O executivo destaca que, como 2015 será um ano de ajustes, haverá uma possível escassez de crédito, o que é positivo para o setor de private equity, já que empresas dificilmente conseguirão financiamento de bancos ou entrarão no mercado de capitas.

Para Frederico Greve, sócio-diretor da DGF Investimentos, caso o candidato Aécio Neves ganhe a eleição, poderá haver uma euforia no mercado, o que elevará os preços; já a manutenção de Dilma Rousseff no poder pode ser mais favorável para as compras, diz Greve. A DGF Investimentos possui um fundo recém-captado com R$ 362 milhões para investir, sendo que desse montante, 80% é capital proveniente de investidores institucionais, incluindo os maiores fundos de pensão. “Até o final deste ano queremos ter investimentos fechados”, destaca Frederico Greve.