Exportadora com presença global, BRF é ação mais recomendada para...

02-12-2015  –  17:09:57

 

Os gestores de ações têm adotado posturas cautelosas e mais defensivas no mercado de ações. Ao menos é a fotografia das carteiras recomendadas de bancos e corretoras para dezembro. Diante de um cenário doméstico com muitas incertezas, econômicas e políticas, ações que se beneficiam da desvalorização cambial, e que tenham importante presença no mercado internacional, têm sido as mais privilegiadas pelos especialistas, que tem selecionado também companhias mais resilientes, de perfil mais defensivo.  Como resultado, as ações da BRF apareceram em dez carteiras recomendadas para dezembro, de um levantamento com 15 casas. Participaram do levantamento BB Investimentos, Bradesco BBI, Citi Corretora, Geração Futuro/Brasil Plural, BTG Pactual, Socopa, Coinvalores, Tov, Magliano, Planner, UM, Guide, Rico, Elite e Walpires.

As exportações, lembra a equipe da Guide, respondem por 50% do faturamento consolidado da BRF. Além disso, os especialistas notam que, no mercado interno, a BRF reintroduziu este ano a marca Perdigão, que tem um ticket médio menor que seus pares, o que pode impulsionar o faturamento em um ambiente de recessão. Reforçando sua estratégia de internacionalização, a BRF informou ao mercado na noite desta terça-feira a aquisição de três companhias em diferentes países. Uma das aquisições foi a Golden Foods Siam, produtora de aves da Tailândia, com operações na Ásia e Europa, por US$ 360 milhões. A BRF anunciou também a compra da Eclipse Holding Cooperatief UA, sociedade holandesa que controla a Campo Austral, um grupo de companhias com operações comerciais no mercado de suínos na Argentina, incluindo o mercado de frios. O valor pago foi de US$ 85 milhões. A BRF divulgou ainda a aquisição da Universal Meats (UK), distribuidora de alimentos no Reino Unido, com foco no segmento de food service, por 34 milhões de libras esterlinas.

Empatadas com oito indicações cada, aparecem as ações da Embraer, Suzano (ambas também se encaixam no perfil de empresas de perfil exportador que se beneficiam da depreciação do real), e da Cielo. Embora a empresa de cartões não tenha o mesmo DNA de seus pares que estão no levantamento, o setor de serviços financeiros também é visto pelo analistas como mais resiliente diante de um cenário de baixo crescimento. A liderança da companhia em seu nicho de atuação, e uma diretoria considerada de boa qualidade, também são apontados como fatores que beneficiam a Cielo.