31-05-2016 – 11:48:06
A taxa de desemprego medida pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) do IBGE atingiu 11,2% no trimestre de fevereiro a abril de 2016. Em relação ao trimestre anterior, de novembro de 2015 a janeiro de 2016, quando havia registrado 9,5%, houve aumento de 1,8 milhão de pessoas desempregadas – o que representa crescimento de 18,6%. É o maior nível de desemprego desde o início da pesquisa em janeiro de 2012.
Em comparação ao mesmo período do ano anterior, também houve crescimento. De fevereiro a abril de 2015, a taxa de desemprego era de 8,0%. Segundo a equipe de economistas do Banco Tokyo-Mitsubishi, a taxa de desemprego continuará em ascensão. “A tendência de aumento do desemprego continuará nos próximos meses, influenciada pela atual recessão econômica que tem levado à demissão de trabalhadores em vários setores da economia”, diz o relatório assinado pelo economista sênior Carlos Pedroso e pelo economista Maurício Nakahodo.
O número de demissões nos últimos 12 meses foi de 1,9 milhão de trabalhadores. O setor que mais demitiu no período foi a indústria. Além da redução dos postos de trabalho, outro fator que influencia o aumento do nível de desemprego é o aumento do número de pessoas que passam a procurar emprego. Isso ocorre geralmente porque outros membros da família ficam desempregados, então, pessoas que não estavam procurando emprego, passar a buscar uma recolocação no mercado de trabalho.