29-05-2017 – 09:44:12
O déficit acumulado da Petros subiu de R$ 23,1 bilhões em 2015 para R$ 26,7 bilhões no final de 2016. Segundo comunicado da fundação, somente o Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), de benefício definido (BD) registrou resultado negativo de R$ 4,18 bilhões no fim do ano passado. Já o Plano Petros-2 (PP-2), de contribuição variável, encerrou o ano com desempenho positivo, acumulando um superávit de R$ 118,151 milhões.
O PPSP registrou retorno de 11,53% em 2016, ficando abaixo da meta atuarial de 12,35%, enquanto o PP-2 teve rentabilidade de 12,52%, superior à meta de 12,30%. Segundo o comunicado, o ano passado a Petros passou por um momento de transição, quando foram tomadas várias medidas para encaminhar as soluções para os problemas estruturais da fundação. “Após o reconhecimento do substancial déficit atuarial nas demonstrações financeiras de 2015, divulgadas ao final de julho do ano passado, a Petros passou pela mudança de toda a diretoria, com perfil técnico, que foi completada apenas no mês de dezembro”, diz o presidente Walter Mendes.
A Petros destaca o passivo do plano PPSP sofreu, no ano passado, impacto de R$ 8,669 bilhões decorrente da atualização dos compromissos futuros e o fluxo previdenciário negativo. Há ainda R$ 906 milhões em contingências para ações judiciais.
Equacionamento – A fundação solicitou à Superintendência Nacional de Previdência Complementar a postergação da implantação do plano de equacionamento do déficit de 2015, que deveria ter sido proposto ao final de 2016. A justificativa é que a nova gestão pudesse analisar o plano e propor eventuais alterações. O início da cobrança do equacionamento ocorrerá no segundo semestre.