04-04-2016 – 12:00:00
Em função do excesso de incertezas no cenário político e econômico, tanto em termos internos como externos, a BTG Pactual Asset Management registrou um aumento de 2.317% na utilização de derivativos nos doze meses encerrados em dezembro de 2015, para R$ 4,24 bilhões, de acordo com os dados do ranking Top Asset. Em seis meses, a evolução foi de 986,17%. Em junho de 2015, a asset tinha R$ 390,34 milhões em derivativos.
“Esse crescimento dos derivativos é resultado do próprio cenário de muita indefinição e incerteza. Alguns mercados, como o de crédito, sofrem mais nesse ambiente, especialmente no que diz respeito à liquidez dos ativos. Os ativos de crédito começam a ficar ilíquidos, com a redução no volume do mercado secundário. Isso também acaba ocorrendo até com as NTN-Bs mais longas”, aponta Marcelo Flora, sócio do BTG Pactual. “Em ambientes como o atual, é importante ter um portfólio com ativos muito líquidos, que permitam entradas e saídas, com reversões e montagens de posições de forma muito rápida, e conseguimos fazer isso através dos derivativos”, acrescenta o executivo.
Os derivativos de taxa de juros com negociação via BM&F tem sido os mais utilizados pela equipe de gestão da asset do BTG Pactual nos últimos meses. Na avaliação da equipe da gestora do BTG Pactual, destaca Flora, não é o momento do investidor fazer grandes exposições em créditos privados corporativos, por se tratarem de ativos que tradicionalmente tem uma liquidez menor no mercado. “Há muito tempo não víamos o mercado ser tão motivado pelo noticiário político como estamos vendo nesses últimos tempos, o que naturalmente traz mais incerteza e insegurança ao investidor”, pondera o sócio do BTG Pactual. “A decisão de privilegiar a liquidez, e trabalhar com um portfólio mais leve foi uma decisão dos nossos gestores”.