11-05-2016 – 11:21:07
Na avaliação do gestor Luis Stuhlberger, responsável pela alocação do fundo Verde, “a bolsa reflete um exagero de otimismo em relação ao novo governo, que não justifica a alocação”. Portanto, prossegue o especialista em relatório sobre a estratégia do fundo em abril, o Verde está com uma pequena posição vendida em ações do Brasil. Stuhlberger destacou também que vê ainda bastante espaço para o juro real seguir em sua recente trajetória de queda, o que o leva a manter uma grande posição em NTN-Bs.
Em relação ao mercado de câmbio, a avaliação do gestor é a de que ele deve ficar estável dentro de uma pequena banda de oscilação, com o Banco Central, por um lado, desfazendo swaps e, por outro, o dólar continua sem tendência de alta, pelo menos temporariamente, diante de todas as moedas. “Dada esta visão, o fundo tem hoje uma posição vendida em dólar contra o real, de maneira a se beneficiar do carregamento, e como maneira a contrabalançar a posição vendida em bolsa e também a grande posição comprada em dólar contra o Renminbi [moeda chinesa]”, escreve o gestor.
Stuhlberger disse ainda que a China voltou a ser fonte de preocupação dos mercados. Após o governo chinês promover no fim de 2015 um novo programa de estímulos via crédito na economia, para estimular a compra de imóveis, parte da liquidez tem sido direcionada para a especulação com commodities, o que tem gerado “alguns fenômenos curiosos que nos lembram a bolha de ações que a China inflou no primeiro semestre de 2015”. O gestor afirmou que segue atento ao desenrolar da situação na região, por enxergar um risco crescente no qual o quadro econômico chinês pode se deteriorar de maneira importante novamente.
Em abril, o fundo Verde registrou um retorno de 1,76%, contra 1,05% do CDI. No acumulado de 2016, o fundo sobe 1,08%, contra a alta de 4,34% do CDI.