Uma maratona, há mais de dez anos

Edição 236

O fechamento da edição que traz o ranking “Fundos Excelentes” é sempre uma maratona, envolvendo incontável número de detalhes que vão desde a listagem dos fundos, o envio desses à Luz Engenharia Financeira para classificação dos melhores, o retorno da listagem com os fundos já classificados, a contabilização das gestoras com mais fundos excelentes, o agendamento de entrevistas com as gestoras que mais se destacaram, a realização das sessões de fotos, a discussão sobre os focos das matérias e a redação das mesmas pelos repórteres. Acabou? Não, depois vem a discussão sobre a melhor capa e a diagramação das matérias e do ranking, a conferência final de todo o material, o envio para a gráfica, o acompanhamento gráfico e a distribuição da revista aos leitores assim que ela chega da gráfica.

Fazemos isso há mais de dez anos e nesse tempo ganhamos bastante experiência, mas confesso que nem por isso essa exaustiva rotina foi amenizada.

Os nossos parceiros da Luz Engenharia Financeira, que faz a classificação dos fundos, já conhecem bem tudo isso e têm sido muito compreensivos com nossa eterna pressa. A Viviane Werneck, responsável na consultoria pela elaboração do ranking, já conhece de antemão minha resposta quando pergunta para quando precisamos do ranking. “Para ontem”, digo sempre! Bem humorada, ela responde: “Ok, então daqui a duas semanas estaremos entregando”.

O prazo é apertado, o trabalho é minucioso e demorado, mas a Viviane sempre consegue cumprir com os prazos. Graças a isso estamos finalizando mais essa edição do ranking, com 843 fundos analisados, dos quais 277 são fundos verdes, 288 fundos amarelos e 278 fundos vermelhos.

Além do ranking, esta edição traz também uma reportagem sobre o mercado de Fidcs, que emperrou nos últimos meses devido a uma série de mudanças que estão sendo discutidas pela CVM, basicamente com o intuito de aperfeiçoar a regulamentação do setor e elevar a segurança aos investidores. Acontece que, por falta de uma sintonia fina com o mercado, a boa intenção pode acabar se tornando um beijo de morte, inviabilizando um dos segmentos mais promissores da indústria de fundos. Ao que parece, a CVM tem sido receptiva às demandas do mercado e está flexibilizando a norma que tanta polêmica estava causando, ao obrigar os custodiantes a guardar fisicamente os documentos das operações. Num Fidc de financiamento de carros, por exemplo, o cedente teria que entregar aos custodiantes um caminhão cheio de papel para comprovar todas as operações. Nossa editora Maria Cláudia falou com a CVM e ouviu que o tema estava sendo tratado de forma a não comprometer a indústria. “Está em curso um aprimoramento da norma que provavelmente vai caminhar no sentido da flexibilização”, diz Francisco José Bastos Santos, superintendente de relações com investidores institucionais da autarquia.