Edição 96
O crescimento do mercado de previdência privada está abrindo excelentes oportunidades de trabalho para quem dispõe de formação nas áreas ligadas a essa atividade, notadamente nas áreas de atuária, gestão de recursos institucionais e administração de planos. É exemplar o caso do economista Sidney Famelli, citado pelo editor Alexandre Sammogini na matéria que tornou-se capa desta edição, sobre o novo mercado de trabalho. Nessa matéria, Famelli conta que mudou de emprego três vezes num período de pouco mais de um ano. E foi por vontade própria, é bom lembrar!
Pouco difundida entre os jovens até recentemente, a área de previdência privada demanda profissionais altamente qualificados, que são escassos no mercado atual. Por conta disso, os cursos para formar essa nova mão de obra estão crescendo. Havia cinco faculdades que ofereciam cursos de atuária (PUC-SP, UFRJ, Suesc-RJ, Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE-RJ) e Universidade Federal do Ceará), mas nos últimos 2 anos duas outras também abriram cursos nessa área (a FMU de São Paulo e a Estácio de Sá do Rio de Janeiro). Outros cursos de formação devem surgir, além de cursos de especialização.
“O mercado brasileiro deve seguir o exemplo de outros países mais desenvolvidos, como por exemplo o da Inglaterra, onde ocorreu o surgimento de diversos cursos de especialização em atuária e previdência em geral”, prevê o diretor do Instituto Brasileiro de Atuária (IBA) e consultor senior da Towers Perrin, Éder Carvalhaes.
Na sua matéria, Sammogini brinca com o exemplo de uma hipotética criança dizendo ao pai que pretende ser atuário quando crescer, ao invés de médico, advogado ou jornalista. Bem, a escolha da profissão tem a ver com o reconhecimento social que ela tem e com o nível de remuneração que propicia. Por esses dois fatores é provável que mais crianças, num futuro próximo, assumam junto aos pais que querem ser atuários. A profissão está em alta.