A boa notícia | Crescimento das pequenas assets mostra que o merc...

Edição 115

Acrescente onda de fusões e aquisições que se nota no sistema financeiro, ao contrário das expectativas de grande número de analistas, não está reduzindo o número de pequenas assets. Ao contrário, o número das pequenas, considerando como tais aquelas situadas em uma faixa de administração de recursos que vai até R$ 1 bilhão, chega a 20 segundo o levantamento do nosso último Top Asset. Dessas, metade são independentes de qualquer grupo ou instituição do sistema financeiro.
É uma boa notícia, que deve surpreender muita gente. O segredo dessas pequenas assets é um só: especialização. São o que o mercado chama de assets especialistas, voltadas para nichos específicos do mercado, normalmente em renda variável, ou de clientes. Isso nos leva a reafirmar nossa convicção de que estamos avançando cada vez mais no caminho da profissionalização dos nossos sistemas de gestão de recursos, até porque o surgimento dessas assets é um resultado direto disso, como podemos ver na nossa reportagem de capa desta edição.
Dissemos acima que isso é uma boa notícia, e assim consideramos porque é favorável ao mercado como um todo. A entrada em cena das pequenas assets evita as perigosas concentrações de mercado, permite o surgimento de produtos diferenciados, dão alternativas para os clientes e garantem trabalho para mais profissionais. Não é pouca coisa!
Além disso, gostaríamos de ressaltar a entrevista que fizemos nesta edição com o consultor da KPMG, Carlos Gatti, sobre a introdução do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Gatti explica porque a SPB é importante para o sistema financeiro, aumentando a sua segurança contra aquilo que o Banco Central chama de risco sistêmico, que vem a ser a cadeia de problemas que se forma com a quebra de uma instituição financeira no sistema atual. Com a liquidação instantânea das transações, como passa a ocorrer com a SPB, os problemas em cadeia são muito minimizados pelo menos do ponto de vista das liquidações. O que resta são os problemas de crédito de cada instituição, mas isso já é uma outra história, pois refere-se às relações comerciais entre a instituição e seus clientes.