Edição 11
A informação de que a Petros tinha assinado um acordo com o Banco Opportunity para fazer a gestão compartilhada de um terço da sua carteira de ações chegou a esta redação com exclusividade, no início de março. Francamente, causou estupefação, tanto pelo valor envolvido, pela engenharia da operação e pela disposição mostrada pelas partes de buscar uma maneira original de concretizar o negócio.
Eu já tinha ouvido várias grandes fundações patrocinadas por estatais dizerem que suas carteira de investimentos não seguiriam os modismos da terceirização que as privadas estavam criando. Para essas, administração externa era palavrão.
A Petros foi a excecão. Em busca de maior rentabilidade, buscou ajuda dos bancos que tem expertise no gerenciamento desse tipo de recursos. Se havia receios, ela soube identificar os problemas, isolá-los e rejeitar uma parte da proposta, não ela toda. Criou alternativas.
Agora ninguém segura. Outras fundações devem começar a buscar, a exemplo do que fez a Petros, soluções criativas para a administração dos seus recursos, que podem variar dentro de um amplo expectro, indo da terceirização completa até a simples assessoria de bancos especialistas na condução dos investimentos. Quem ganha é o participante.