
A Secretaria de Regime Próprio e Complementar divulgou nesta quinta-feira (9/10) o Relatório Gerencial de Previdência Complementar (RGPC) relativo ao 2º trimestre de 2025. Em junho, o patrimônio das entidades abertas e fechadas somava R$ 3,11 trilhões, com R$ 1,74 trilhão proveniente das abertas e R$ 1,36 trilhão das fechadas.
O resultado indica um crescimento de R$ 90 bilhões em relação ao levantamento anterior, de março último, quando os dois segmentos somavam R$ 3,02 bilhões, sendo R$ 1,34 bilhão das fechadas e R$ 1,69 bilhão das abertas. No semestre, comparando-se o resultado de junho com o final do ano passado, o volume de recursos aumentou em R$ 170 bilhões.
Alocação dos investimentos – Da carteira total de investimentos, que alcançava R$ 3,12 trilhões ao final de junho, R$ 2,05 trilhões estavam alocados em títulos públicos, R$ 810 bilhões em outros tipos de renda fixa, R$ 160 bilhões em renda variável, R$ 30 bilhões em imóveis e R$ 60 bilhões em outros tipos de ativos.
Na carteira específica das entidades abertas, que representavam R$ 1,74 trilhão, R$ 1,16 trilhão estavam aplicados em títulos públicos federais, R$ 510 bilhões em outros tipos de renda fixa, R$ 50 bilhões em renda variável e R$ 20 bilhões em outros investimentos.
Em relação à carteira das entidades fechadas, que somava R$ 1,22 bilhão, R$ 820 bilhões estavam aplicados em títulos públicos federais, R$ 190 bilhões em outros tipos de renda fixa, R$ 110 bilhões em renda variável, aproximadamente R$ 30 bilhões em imóveis e R$ 70 milhões em outros ativos.
Rentabilidade e custeio – Os investimentos das entidades abertas fecharam o semestre com uma rentabilidade média de 7,3% nos planos coletivos e de 7,9% nos planos individuais. Segmentando-se por carteiras, a de ações ativas rendeu 17,3% nos planos coletivos e 21,2% nos planos individuais; a de balanceados rendeu 8,9% nos planos coletivos e 9,0% nos planos individuais; a de renda fixa não indexada rendeu 6,7% nos planos coletivos e 6,5% nos planos individuais; a de multimercados rendeu 7,1% nos planos coletivos e 7,8% nos planos individuais; a de renda fixa indexada rendeu 6,0% nos planos coletivos e 7,3% nos planos individuais.
Já os investimentos das entidades fechadas fecharam o semestre com uma rentabilidade média de 6,6% . Segmentando-se por tipo de planos, os de Benefício Definido (BD) renderam 6,1% na média; os de Contribuição Definida (CD) renderam 6,9% na média; e os de Contribuição Variável (CV) renderam 7,2% na média.
As taxas médias de administração das entidades abertas, em junho, eram de 1,03% nos planos coletivos e de 0,96% nos planos individuais. Já nas entidades fechadas as taxas de administração eram de 0,28% no mesmo período, na média, sendo de 0,36% nos planos instituídos, de 0,29% nos planos de patrocínio privado e de 0,27% nos planos de patrocínio público.
Déficit nas EFPC – Segundo o RGPC, as entidades fechadas exibiam um déficit líquido de cerca de R$ 6,75 bilhões em junho, resultado de 247 planos deficitários em 31,61 bilhões e 440 planos superavitários em R$ 24,86 bilhões. Os planos de Benefício Definidos (BD) tiveram um déficit de R$ 9,16 bilhões, os planos de Contribuição Definida (CD) tiveram um resultado negativo de R$ 669 milhões e os planos de Contribuição Variável (CV) apresentaram um superávit da ordem de R$ 3,1 bilhões.
Previdência dos servidores públicos – O RGPC mostra que existem 25 entidades fechadas administrando planos de previdência complementar para entes federativos. Dos 2.133 entes federativos, 308 já têm Regimes de Previdência Complementar (RPC) instituídos em lei, conveniados e em operação; 536 têm RPC instituídos em lei e conveniados, mas não em operação; e 1.158 têm RPC instituídos em lei, mas ainda não conveniados nem em operação. Existem ainda 131 entes que ainda não têm RPC instituídos em lei.
Os Regimes de Previdência Complementar (RPC) dos servidores públicos já possuem um patrimônio de R$ 24,85 bilhões, sendo R$ 18 bilhões de servidores públicos da União e R$ 6,85 de servidores públicos de estados e municípios.
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