O montante financeiro nas mãos dos gestores de patrimônio aumentou 7,1% nos primeiros seis meses deste ano, alcançando R$ 540,3 bilhões ao final do período, informa a Associação Brasileiras das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Do total, a renda fixa representava R$ 245,5 bilhões, subindo 9,4% em relação ao final de 2024. As aplicações em LCIs (Letras de Crédito Imobiliários) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) subiram 43,1% e 19,7% no período, para R$ 17,3 bilhões e R$ 13,7 bilhões, respectivamente, enquanto debêntures incentivadas, CRIs (Créditos de Recebíveis Imobiliários) e LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas) subiram 6,5%, 9,6% e 1,3%, para R$ 15,7 bilhões, R$ 10,1 bilhões e R$ 4,4 bilhões, nessa ordem.
Os títulos públicos avançaram 10,7%, para R$ 42,9 bilhões, enquanto os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) e a previdência privada tiveram alta de 31,9% e de 12,7%, respectivamente, terminando junho com R$ 36,6 bilhões e R$ 16,5 bilhões.
Na contramão, os fundos de renda fixa recuaram 1%, para R$ 58,9 bilhões. A retração dos CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), das debêntures tradicionais e dos CRAs (Créditos de Recebíveis do Agronegócio) foi de 3,5%, de 11,4% e de 4%, respectivamente, terminando junho com R$ 11,5 bilhões, R$ 10,6 bilhões e R$ 6,1 bilhões.
Renda variável – Concentrando 33,1% do montante administrado pelos gestores, a renda variável teve alta de 10,1%, chegando a R$ 178,9 bilhões. Os destaques foram os fundos de ações, que cresceram 7,3% e chegaram a R$ 79,8 bilhões, e as ações, que registraram avanço de 17,4%, para R$ 69,3 bilhões.
Os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) registraram alta de 2,5%, somando R$ 29,4 bilhões, enquanto as aplicações em fundos cambiais cresceram 27,7%, para um total de R$ 154,4 milhões.
Multimercados – No conjunto, os instrumentos híbridos recuaram 4,8%, para R$ 94,9 bilhões, o que corresponde a uma fatia de 17,6% do montante administrado. O resultado foi puxado pelos fundos multimercados, que terminaram o semestre em R$ 66,6 bilhões, queda de 11,9% na comparação com o fechamento do ano passado.
Já os fundos imobiliários avançaram 13,7%, totalizando R$ 22,7 bilhões, e os ETFs (fundos de índice) cresceram 36,9%, para R$ 5,5 bilhões.