Edição 24
O 18º Congresso da Abrapp lançou várias sementes, as quais o tempo se encarregará de fazer germinar e crescer. Algumas dessas idéias, nesse processo de germinação e crescimento, deverão sofrer mudanças e aperfeiçoamentos, adequando-se às características e necessidades do sistema atual. Uma delas é a do rating para os fundos de pensão. Embora essa proposta seja inatacável teoricamente, deixa uma questão em aberto. Em que isso ajudará o sistema?
Os participantes não poderão mudar de uma fundação para outra, ou seja, de uma fundação que tenha classificação inferior para outra com classificação superior, mesmo que não gostem da nota da sua. A não ser no momento em que for instituída a portabilidade das carteiras. E essa comparação de risco entre fundações, sem a possibilidade de mudança, pode criar um clima de alta instabilidade nas instituições.
Se a vantagem não é do participante, também não é do fundo, uma vez que a boa ou má classificação não trará receitas adicionais, pois os fundos são aplicadores e não tomadores de recursos, caso em que teriam vantagens em uma boa nota. Assim, a idéia ainda precisa mostrar a que veio, além de ser moderna.