11-01-2016 – 16:38:35
A indústria de fundos de investimento encerrou 2015 com uma captação líquida de R$ 500 milhões, o que corresponde a uma queda de 70,5% frente aos R$ 1,7 bilhão de 2014, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, 11 de janeiro, pela Anbima. As categorias que impediram um resgate líquido da indústria no ano passado foram previdência, com entradas de R$ 39 bilhões, e FIPs, com R$ 23,6 bilhões.
A Anbima destaca que, desde fevereiro de 2014, a classe de fundos de previdência tem apresentado captação líquida positiva mensal, o que elevou sua participação no patrimônio total da indústria em 4,5 pontos percentuais nos últimos cinco anos, para 16,4%, ou R$ 489 bilhões. “Os investidores buscam complementar a aposentadoria através das aplicações em Planos PGBL e VGBL que investem nesses fundos, geralmente, menos sujeitos às retiradas dos aplicadores associadas a volatilidades de curto e médio prazos, revelando a disposição desses investidores em manter seus investimentos para um horizonte de mais longo prazo”, diz o relatório da associação.
Por outro lado, entra as classes de fundos que mais registraram saques no ano passado, a liderança ficou com os multimercados, que perderam R$ 32,8 bilhões de janeiro a dezembro de 2015. Em seguida aparecem os fundos de ações, com saques de R$ 18,7 bilhões, e os de renda fixa, com R$ 14,8 bilhões.
Apenas em dezembro, a indústria de fundos registrou resgates líquidos de R$ 13,1 bilhões, o segundo maior volume de retiradas do ano, abaixo apenas de novembro, quando foram sacados R$ 20,4 bilhões. A Anbima explica que, do montante retirado, os fundos de renda fixa e multimercados representaram mais da metade do total. Os fundos de previdência, com R$ 6,1 bilhões, e os FIPs, com R$ 2,6 bilhões, foram os únicos com captação positiva em dezembro. Os fundos de participações reportaram em dezembro o sexto mês seguido de ingresso líquido de recursos, o que contribuiu para a maior captação anual desde 2012.