2006, o grande ano da renda fixa

Edição 177

O BNP Paribas ficou com cinco fundos excelentes na classificação feita pela PPS para o ranking da Investidor Institucional, todos de renda fixa

O BNP Paribas ficou com cinco fundos excelentes na classificação feita pela PPS para o ranking da Investidor Institucional, todos de renda fixa. Para o diretor de gestão da asset, Gilberto Kfouri, “2006 foi o grande ano da renda fixa, com o fechamento do cupom de 10% para 8%, o que permitiu ótimos ganhos”.
Kfouri aposta na continuidade do fechamento do cupom para este ano, embora em proporções bem menores, descendo para algo em torno de 7% a 7,5%. “Embora seja um fechamento bem menor do que o do ano passado, ainda vai dar para ganhar na renda fixa”, diz.
Ele acredita que os fundos de renda fixa terão que assumir mais risco de mercado daqui para a frente, ao menos para pagar as taxas de administração. É o que já vem acontecendo com o Crédit, um fundo de crédito privado do BNP que passou oito meses do ano passado posicionado apenas em risco de crédito mas a partir de setembro começou a tomar algum risco de mercado. “Com as empresas em melhor situação, começamos a destravar para ganhar um pouco mais”, explica o diretor da asset.
No caso do BNP Paribas Pré, a estratégia foi posicioná-lo em IRFM (índice de Renda Fixa de Mercado), e no BNP Paribas Inflação o posicionamento foi em papéis indexados ao IPCA. “Isso permitiu uma boa rentabilidade”, diz Kfouri.
Na sua opinião, o processo de migração das fundações dos fundos de renda fixa para os multimercados já está ocorrendo, mas num ritmo mais lento do que o esperado. Uma explicação para isso seriam as restrições que a SPC ainda impõe a esses fundos, como as proibições de day-trade e de alavancagem. Com a perspectiva de que essas restrições sejam eliminadas neste ano, Kfouri prevê um crescimento mais rápido para eles.
Ele acha que também as aplicações nos fundos de ações vão acelerar neste ano, com a consolidação do processo de queda da taxa de juros. “A bolsa andou bastante nos últimos quatro anos, mas ainda está barata, continua com um up-side interessante”. Entre as razões para isso, ele cita os bons fundamentos da economia, a perspectiva de continuidade do crescimento mundial e a volatilidade baixa.