Tishman Speyer Método busca o longo prazo

Edição 22

A Tishman Speyer Método, joint-venture entre a empresa norte-americana
de US$ 6 bilhões em ativos imobiliários espalhados por 9 países e a
construtora brasileira

A Tishman Speyer Método, joint-venture entre a empresa norte-americana
de US$ 6 bilhões em ativos imobiliários espalhados por 9 países e a
construtora brasileira, promete trazer para o Brasil uma nova metodologia
de operação. Formalizada no mês passado, a nova empresa tem como
princípio participar em todos os projetos que elabora, conta o diretor
Hernán Martínez. “Nós entramos e ficamos a longo prazo, assim o nosso
interesse e o do investidor são compatíveis”, explica.
A partir desse conceito, a Tishman criou um esquema de trabalho
chamado pentaplano, que equaciona cinco variáveis com o objetivo de
obter o máximo retorno para os projetos, a longo prazo. Por esse
esquema, os responsáveis pelas áreas de projeto, construção,
administração, vendas e finanças trabalham juntos desde a fase
embrionária do empreendimento. “Tudo isso é muito importante, não
adianta construir barato ou caro e inviabilizar o resto”, opina
Martínez. “Não atuamos em apenas alguma das etapas, não oferecemos
serviços isolados, nem mesmo de administração de imóveis”, diz Martínez.

Grande porte – A Tishman Speyer Método pretende atuar em todos os
segmentos do mercado brasileiro. Na área de edifícios de grande porte, já
tem como cliente a Funcef, que tem um prédio ao lado do World Trade
Center, concluído recentemente pela Método. Mas, além dos institucionais
brasileiros, a empresa também vai contar com os estrangeiros para
viabilizar os seus novos projetos. “Sem dúvida, os fundos americanos e
europeus estão interessados no Brasil”, afirma Martínez. “E vamos tentar
trazê-los para os nossos projetos”.
O que não deve faltar na engenharia financeira da Tishman é espaço para
diferentes tipos de investidores. “Podemos ter, por exemplo, bancos de
investimento ou mesmo comerciais participando numa etapa de maior
risco e depois outros em etapas diferentes.
O estilo da operação, embora seja completo, se adapta a cada projeto
específico e às condições locais”. Agora, a Tishman está estudando qual a
melhor maneira de trazer os recursos externos, o que pode até acontecer
via compra de participação na empresa, conta Martínez. De mais concreto,
já existem negociações com uma grande rede de varejo americana,
interessada em se instalar por aqui.