BCN corteja as grandes contas do ex-Itamarati

Edição 1

Um seleto grupo de administradores de recursos, clientes do antigo Banco
Itamarati, foi convidado para um almoço na sede do BCN

Um seleto grupo de administradores de recursos, clientes do antigo Banco
Itamarati, foi convidado para um almoço na sede do BCN, em Alphaville,
no último 6 de setembro, uma sexta-feira. Com direito a tratamento mais
que especial, foram recebidos pessoalmente pelo presidente do banco,
Pedro Conde, e pelo vice, Antônio Carlos Canto Porto Filho.
Diretores e gerentes de diversos setores da instituição também foram
convocados. Os responsáveis pela apresentação dos produtos e serviços
oferecidos pelo BCN procuraram mostrar aos 65 representantes dos
investidores institucionais que atenderam ao convite que o banco não
deixa nada a dever ao administrador anterior, agora incorporado.
O objetivo de toda essa movimentação é não deixar escapar nenhum dos
investidores herdados do Itamarati, que, de acordo com comentários do
mercado, já estariam incomodados com a nova troca de parceiro em tão
pouco tempo. Vale lembrar que esses investidores também chegaram ao
Itamarati através de herança, resultado da compra do Crefisul há cerca
de dois anos. Nem todos permaneceram após a mudança: de acordo com
o mercado, cerca de 30 migraram para outras instituições.
A preocupação em agradar essa parcela específica de novos clientes não
chega a ser um exagero, uma vez que este é um dos melhores filões do
mercado, disputadíssimo pelas instituições financeiras. Embora muitos
desses investidores também operassem com o BCN, o volume destinado
ao Itamarati seria muitas vezes superior. O fato é que a área de
investidores institucionais não chegava a ser um dos pontos fortes do
BCN, tanto que, com a fusão, diretores, como Eduardo Modiano, e
funcionários da divisão que cuidava do segmento no Itamarati foram
absorvidos em bloco, pois não houve superposição de cargos como em
outros setores.