20-03-2016 – 23:47:43
A Previ encerrou 2015 com déficit de R$ 16,14 bilhões no Plano 1, da modalidade de benefício definido (BD). De acordo com a fundação, o déficit a ser equalizado foi ajustado para R$ 13,91 bilhões após o ajuste de precificação nos títulos de renda fixa. Portanto, com base nesse montante e nas novas regras de solvência, a fundação deve equacionar R$ 2,90 bilhões do total do déficit em 2017. A nova regra, aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), considera a duration média de um plano e aplica um redutor de quatro para estabelecer qual é o limite do déficit.
Para um plano com duration de 12 anos, o limite para o equacionamento, que pela regra antiga era 10% de déficit, passará a 8%, como é o caso da Previ. A nova regra prevê ainda que o que será equacionado será apenas o montante que ultrapassar os 8%. A Previ tem até dezembro deste para elaborar um plano de equacionamento.
No plano Previ Futuro, de contribuição variável (CV), a fundação registrou insuficiências de R$ 57,4 milhões, contando reservas para cobertura de benefícios de risco e rendas programadas para aposentadoria. Contudo, a Previ explica que esse déficit foi coberto pelo Fundo de Gestão de Risco, que tinha um saldo de R$ 66,97 milhões e que foi utilizado para manter o equilíbrio técnico do pano afim de evita um equacionamento.
A Previ também registrou uma queda no patrimônio, que passou de R$ 162,4 bilhões no Plano 1 em 2015 para R$ 148,8 bilhões no ano passado. Já o plano Previ Futuro teve aumento no volume de ativos, de R$ 5,7 bilhões em 2014 para R$ 6,8 bilhões no ano passado.
Rentabilidade – O resultado negativo do Plano 1 é refletido também na rentabilidade no ano passado, de -2,84% no encerramento do ano, enquanto a meta atuarial foi de 16,84%. Já no Previ Futuro, a rentabilidade foi de 3,72% frente a mesma meta atuarial. A Previ explica que o desempenho negativo dos planos se deve principalmente ao resultado da bolsa de valores no último exercício.
No Plano 1, estruturados e renda variável tiveram rentabilidade negativa, ficando em -18,16% e -17,20, respectivamente, no acumulado de 2015. Já renda fixa gerou retorno de 14,68% no ano passado, enquanto imóveis ficou em 11,22% e exterior obteve a maior rentabilidade de, 50,58%.
O plano Previ Futuro também obteve a mesma rentabilidade no segmento de investimentos no exterior. Já estruturados teve o pior desempenho, de -23,25%, e renda variável ficou em -13,53%. Renda fixa encerrou 2015 com rentabilidade de 11,93% na carteira do plano, enquanto imóveis ficou em 6,70%.