13-01-2015 – 15:14:47
Um dos maiores fundos de pensão da Europa, o holandês Pensioenfonds Zorg en Welzijn (PFZW) optou por encerrar suas atividades com hedge funds. Com isso, o fundo holandês segue o movimento de outros gigantes do setor, como o Calpers, que já havia anunciado o término dessa classe de ativo em setembro de 2014.
Jan Willem van Oostveen, diretor de investimentos do fundo, ressalta que a complexidade dos hedge funds é um dos pontos que levou em conta na decisão de encerrar a classe de ativo da carteira da entidade. “Na nova política de investimento, concordamos em dar maior ênfase em controles e inteligência. Por isso que uma categoria de investimento complexa como os hedge funds, que englobam diversas estratégias, não cabe mais em nossa carteira”, disse o executivo, em comunicado.
Os altos custos envolvidos nos hedge funds também foram considerados para a tomada de decisão. “Com os hedge funds, é certo que os custos serão altos, mas não há uma garantia quanto ao retorno”, ponderou Oostveen.
Em 2003, o PFZW foi um dos primeiros fundos de pensão da Holanda a investir na classe de hedge funds, em busca de uma maior diversificação da carteira. “Durante muito tempo os hedge funds foram uma ferramenta útil para essa meta, mas recentemente eles não tiveram uma contribuição satisfatória”, afirma o comunicado da PFZW.
Em 2013, 2,7% do patrimônio da PFZW, que hoje soma € 156,3 bilhões, estava alocado em hedge funds. A parcela de hedge funds da carteira do fundo foi para o segmento de renda variável.
Em setembro último, o Calpers anunciou que estava deixando de aplicar em hedge funds, classe na qual tinha aplicado na época cerca de US$ 4 bilhões. “Os fundos de hedge certamente são uma estratégia viável para alguns investidores, mas quando olhamos para sua complexidade, custo, e falta de capacidade de escala para o tamanho do Calpers, não nos parece mais interessante”, disse Ted Eliopoulos, chefe de investimento do Calpers.