08-10-2015 – 17:21:13
No acumulado de 2015, até setembro, as captações das companhias brasileiras no mercado doméstico totalizam R$ 81,3 bilhões, sendo R$ 64,6 bilhões na renda fixa e R$ 16,7 bilhões na renda variável. No mesmo período de 2014, foram R$ 126 bilhões, dos quais R$ 111 bilhões na renda fixa, e R$ 14,9 bilhões na variável. No mercado externo a diferença é ainda maior; de janeiro a setembro as empresas brasileiras captaram no exterior US$ 8 bilhões — US$ 7,5 bilhões na renda fixa — queda de 81,9% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, quando foram US$ 44,2 bilhões, sendo US$ 43,1 bilhões na renda fixa.
As captações no mercado de capitais doméstico no terceiro trimestre de 2015 somaram R$ 10,9 bilhões, o menor volume para o período nos últimos sete anos. O mês de setembro foi o mais baixo em termos de captações no ano, com apenas cinco emissões, todas de renda fixa e no mercado interno – quatro debêntures que totalizaram R$ 1,8 bilhão, sendo uma das ofertas a incentivada da Vale de R$ 1,35 bilhão; e uma nota promissória de R$ 230 milhões. Em igual período do ano passado, o montante alcançou R$ 46,9 bilhões. Com a operação da Vale, as debêntures de infraestrutura somam R$ 3,5 bilhões em 2015, e R$ 13,5 bilhões desde o lançamento da Lei 12.431, em 2011.
As captações de debêntures incentivadas tem de ter um prazo mínimo de quatro anos. No entanto, entre as demais debêntures colocadas no mercado, o prazo tem se reduzido em 2015, “em resposta ao cenário econômico”, diz o boletim da Anbima. No mês passado, o prazo médio dos ativos ficou em 3,9 anos, ante 5,4 anos em 2014, e 5,8 em 2013. Já no início de outubro, R$ 7,6 bilhões em operações de dívida, com FIDCs e CRIs, estão em análise na CVM. Entre elas estão as debêntures de R$ 3 bilhões da Petrobras. Sobre as captações na renda variável, que não ocerraram em setembro, a Anbima entende que “a volatilidade observada no mercado secundário de ações e as consequências do rebaixamento do rating do país devem postergar estas operações para o próximo ano”.