10-11-2015 – 18:33:08
As captações corporativas no mercado de capitais de janeiro a outubro somaram R$ 77,3 bilhões, o que corresponde a uma queda de 33,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, e também o menor volume dos últimos sete anos. O montante exclui a emissão de R$ 10 bilhões da única oferta de debêntures de leasing realizada no período. Apenas em outubro, as ofertas de valores mobiliários das companhias brasileiras somou R$ 2,1 bilhões, ante R$ 10 bilhões no mesmo mês de 2014. As operações no mês passado foram concentradas integralmente no segmento doméstico de renda fixa, com quatro operações de debêntures que totalizaram R$ 1,7 bilhão, e outras quatro de notas promissórias que alcançaram R$ 393 milhões.
Entre as ofertas ocorridas em outubro, a Anbima destacou a captação de debêntures da EDP – Energias do Brasil, que movimentou R$ 892 milhões, e que teve duas séries enquadradas na Lei 12.431/11, das debêntures incentivadas, que somaram R$ 228 milhões. A oferta também foi a única em outubro registrada pela Instrução CVM 400; as demais foram distribuídas com esforços restritos (ICVM 476). No mês passado não houveram captações no mercado de renda variável ou no internacional. Em 2015, o mercado de ações teve operações realizadas somente nos meses de abril, com R$ 16,1 bilhões, junho (R$ 603 milhões) e setembro (454 milhões). Além disso, a maior parte dessas operações foi destinada à aquisição de participação societária.
Desde 2011, pontua a Anbima, as captações com ações têm apresentado desempenho pouco expressivo. De 2009 a 2010, recorda a associação, 48 companhias acessaram o mercado de renda variável para levantar recursos, com destaque para a operação de R$ 120,2 bilhões da Petrobras em 2010. No entanto, de 2011 a 2015, o volume médio anual de operações com ações ficou apenas em R$ 18 bilhões. No ano passado, somente duas empresas fizeram lançamento de ofertas, sendo um IPO e um follow-on, e em 2015, até outubro, foram registradas quatro ofertas, sendo um IPO e três follow-ons, que movimentaram R$ 17,2 bilhões. Já sobre as captações no mercado externo, a associação lembra que outubro representou o quarto mês seguido sem operações. No ano, apenas em maio e junho as companhias brasileiras captaram no mercado internacional, o equivalent a US$ 8,1 bilhões.