17-11-2015 – 14:50:30
Pesquisa realizada pela BlackRock e apresentada durante o 12º Fórum Perspectivas de Investimentos – 2016, realizado pela revista Investidor Institucional nesta terça-feira, 17 de novembro em São Paulo, aponta que 36,4% dos fundos de pensão brasileiros que ainda não possuem um alvo de investimentos no exterior pretendem estabelecê-lo na política de investimentos de 2016.
O levantamento revela que, das 50 entidades entrevistadas para a pesquisa, 48,1% não investem fora do Brasil, enquanto 51,9% investem. Dos fundos de pensão que já aplicam no exterior, 76,2% fizeram essa opção por conta das oportunidades de diversificação. “Esse é o motivo certo para realizar esse tipo de aplicação”, diz Bruno Stein, diretor responsável pelo desenvolvimento de negócios da BlackRock Brasil.
Outro dado apresentado é que mais da metade das fundações aplicam entre 1% e 3% de seu patrimônio fora do país, enquanto 26% investe menos de 1% e 21,7% acima e 3%. “Me surpreendi com a quantidade de fundos que investem menos de 1%. Esperava que esse percentual fosse maior. Ainda assim, sabemos que há algumas fundações que já aplicam o limite permitido por lei, 10%”, declara Stein.
Para a política de investimento de 2016, 47% dos fundos que já investem pretendem aumentar a alocação no exterior, enquanto 34,8% não pretendem alterar. O executivo salienta que a regulamentação dificulta a entrada de novos produtos no mercado, o que faz com que poucas entidades invistam em fundos mútuos ou ETFs. “Investidores ainda não escolhem tanto onde investir. Grande patê, 40,9%, aplicam em apenas um fundo mútuo ou ETFs lá fora. Não há esse tipo de diversificação”, diz Stein.