Por conta da forte volatilidade que acometeu o mercado nas últimas semanas em virtude das persistentes incertezas quanto ao quadro eleitoral, os ativos de renda fixa de curto prazo tiveram um desempenho superior em comparação aos de duração mais longa. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os Ãndices IRF-M1 (aponta a variação dos prefixados com prazo até um ano), o IRF-M1+ (representa os tÃtulos prefixados de prazo acima de um ano) e o IMA-B5 (expressa a carteira das NTN-Bs até cinco anos) avançaram 0,61%, 1,57% e 0,89%, respectivamente. O IMA-S, que acompanha os resultados da LFTs, ou seja, apresenta o menor risco entre os Ãndices de curto prazo, obteve 0,47% de alta.
“Com a chegada da eleição presidencial e o cenário econômico ainda indefinido, os investidores foram mais cautelosos na hora de aplicarem seus recursos. Eles privilegiaram os tÃtulos de curto prazo por conta da alta volatilidade que presenciamos. Esse movimento foi refletido nos preços dos tÃtulos públicos de menor prazo, que se beneficiaram do momento de incertezaâ€, explica o gerente de preços e Ãndices da Anbima, Hilton Notini, em comunicado.
Por outro lado, a rentabilidade dos tÃtulos públicos de prazo mais longo recuaram. O IMA-B5+, que expressa a carteira das NTN-Bs acima de cinco anos, caiu 1,03%. Isso porque esse subÃndice reflete as expectativas para o cenário econômico no longo prazo, o que, diante das incertezas da conjuntura atual, aumenta a percepção de risco dos investidores, explica a Anbima, em comunicado.
TÃtulos privados – No segmento corporativo, todos os subÃndices que fazem parte do IDA (Ãndice de Debêntures Anbima), que reflete a performance dos tÃtulos corporativos em mercado, tiveram rentabilidades positivas. O destaque ficou com o IDA-IPCA ex-Infraestrutura, composto pelas debêntures que não possuem isenção de imposto de renda, com alta de 1,31% no mês. Na sequência, aparece o IDA-IPCA Infraestrutura, que representa o conjunto de debêntures com incentivo fiscal (emitidas pela Lei 12.431), com variação de 1,02%.